sábado, 20 de agosto de 2011

Noite italiana

Em minha breve experiência participando de degustações de vinhos dos mais variados tipos, estilos e níveis de qualidade, poucas vezes a comida servida durante e após ao tradicional processo de experiementar e avaliar (como amador, lógicamente) os mesmos conseguiu superar, causar mais impacto que os vinhos degustados. Pois foi exatamente isto que ocorreu na última reunião da Confraria dos Amigos da Rolha, realizada na última segunda –feira (15/8). Não que os vinhos decepcionaram, muito pelo contrário. Todos os 11 tintos italianos degustados eram excelentes, maravilhosos, mas o menu preparado pelo jovem chef Fábio Lazzarini – filho do Sylvio Lazzarini, proprietário do do restaurante Varanda e membro da Confraria – foi o destaque. Fábio, que recentemente terminou o curso de gastronomia, reproduziu para os confrades um menu degustação que ele e seu pai saborearam recentemente no restaurante italiano Le Calandre, que fica em Padova (Vêneto, Itália) e tem três estrelas no guia Michelin. Pela leveza, sabor e alta qualidade do que foi servido, vale a pena citar toda a sequência de sete pratos:


- Surpresa do Chef (Carpaccio sobre lula grelhada)

- Scampi tostati (camarão frito acompanhado de creme de queijo e radicchio)

- Cappucino di Seppie al nero (capuccino de lula em sua tinta com creme de taleggio)

- Canneloni croccanti (recheado com ricota e mozzarela di búfula, acompanhado de passata al pomodoro)

- Risotto allo zafferano (açafrão)

- Battuta di carne cruda Razza di mando al tartufo nero (carne crua com trufa negra)

- Maialino da latte arrostito (Leitão assado ao mollho de mostarda e pó de café)

Para acompanhar o show degustados os seguintes vinhos: Tua Rita Redigaffi 2002 (Toscana), Granato Foradori 2004 (Alto Adige), Gaja Barbaresco 1994 (Piemonte), Allegrini La Poja 2004 (Vêneto) , Castello di Ama Vigna l’Aparitta 1996 (Toscana), Moccagatta Barbaresco 1985 (Piemonte), Icardi Langhe Nebbiolo Surís Jvan 2003 (Piemonte), Sassicaia 2007 (Toscana) e Elio Altare Barolo Vineto Arborina 1990 (Piemente). Todos excelentes, mas os destaques foram o Sassicaia, o Barolo Elio Altare e Barbaresco Moccagatta. O famoso Gaja da safra 1994 (que foi sofrível no Piemonte) já estava em franca decadência, resultado da idade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Americanos na mesa

Realizada no Felix Bistro, a última reunião da Confraria da Granja Viana teve como tema os vinhos norte-americanos, que, em que pese alguns exageros, estão cada vez melhores. Se atė algum tempo atrás a escolha certeira para os tintos era a onipresente Caberrnet Sauvignon, hoje o País apresenta uma enorme diversidade de estilos, variegais e blends, entre os quais os Pinot Noir do Oregon e da própria Califórnia e os cortes "Rhone Style" da subregiao de Paso Robles (CA), onde predomina a Syrah.
Em nossa degustação tivemos apenas tintos Californianos: Naggiar Syrah 2004, Mount Veeder Winery Cabernet Sauvignon 2005, Chateau St. Michelli Cabernet Sauvignon 2008, Seghesio Zinfandel 2008 e La Crema Pinot Noir 2007.
O bom nível dos vinhos surpreendeu, em especial o Zifandel da Seghesio (elegante, longo), o St. Michelli (intenso, potente) e o Mount Weeder, um Cabernet pronto.

sábado, 18 de junho de 2011

Sauvignon Blanc chileno e Spaghetti com camarões

Sou fã assumido dos brancos chilenos, como os Sauvignon Blancs Amayna e Cipress e o Chardonnays Sol de Sol e Amélia, entre outros. Neste fim de semana abri um Sauvignon Blanc da excelente linha Terrunyo da Concha y Toro.
Embora já soubesse se tratar de um grande vinho, fiquei impressionado com o frescor e a fruta dele, por se tratar de um rótulo da safra 2005. Com mais de seis anos de vida, o Terrunyo Sauvigon Blanc 2005 estava perfeito (ao contrário do que muito gente poderia supor) e acompanhou muito bem um spaghetti com tomates confitados e camarões.Para quem quiser preparar em casa, segue abaixo a receita:

Ingredientes (para 4 pessoas)
- 300 gramas de spaghetti
- 600 grama da camarões médios limpos
- 2 caixa de tomate cereja
- 1 pimenta vermelha picada (sem sementes)
- 1/2 copo de vinho branco
- Salsinha a gosto
- Sal, pimenta do reino (branca e preta), orégano e azeite a gosto

Modo de preparo
Comece colocando bastante água para ferver (salgue a água) em uma panela grande.
Enquanto isso pegue uma assadeira pequena, coloque os tomates previamente lavados e tempere com sal (se tiver flor de sal é melhor), pimenta de reino, orégano e azeite extra-virgem. Mistute bem e leve ao forno por 20 minutos.
Quando a água da panela ferver, coloque o spaghetti.
Paralelamente, tempere os camarões com sal, pimente do reino branca e azeite. Grelhe os camãrões em uma frigideira grande (se tiver uma panela Wok, melhor). Retire rapidamente para não ficar borrachudo e reserve.
Tire os tomates do forno, coloque-os na frigideira (desligada) onde você fritou os camarões e coloque novamente os os camarões. Mexa com cuidado.
Retire o spaghetti da água (entre 10 a 12 minutos) e coloque sobre na frigideira sobre os camaroões e tomates.  Ligue o fogo, acrescente 1/2 copo de vinho branco, a pimenta vermelha bem picada e a salsinha. Deixe por 1 minuto, regue com um pouco de azeite, desligue e sirva.

Noite de Bordeaux

Uma sensacional degustação de Bordeaux da margem esquerda - onde a Cabernet Sauvignon reina nos cortes, ao lado da Merlot e da Cabernet Franc, entre outras - foi o tema da última reunião da Confraria dos Amigos da Rolha, realizada no dia 13 de junho do restaurante Fasano em São Paulo.

Com o suporte do sommelier Manoel Beato, provamos às cegas apenas tintos classificados como "Crus", de várias safras e estilos. No total foram 13 grandes vinhos, na seguinte ordem de degustação:  Lafite-Rothschild 1985 ( Pauillac), Mouton-Rothschild 2003 (Pauillac), Latife-Rothschild 1985 (Pauillac), Ducru-Beaucaillou 2006 (St. Julien), Haut-Brion 1990 ((Pessac-Léognan), Haut-Brion 2004 ((Pessac-Léognan), Cos d'Estournel 1996 (St. Estèphe), Branaire-Ducru 1982 (St. Julien), Kirwan 1990 (Margaux), Beychevelle 1986 (St. Julien), Pichon-Longueville Comtesse de Lalande 1996 (Pauillac), Léoville-Las-Cases 1999 (St. Julien) e Marquis de Terme 2000 (Margaux).

Muito difícil a escolha do melhor da noite, mas entre os melhores ficaram o Château Branaire-Ducru 1982 (um Cru nível 4 que provou o quão espetacular foi a safra 82), o Lafife-Rothschild 1985 (havia duas garrafas iguais na mesa, embora sutilmente distintas no copo), o Château Kirwan 1990 e o Haut-Brion 1990.

Após o jantar - menu degustação quatro pratos (Queijo de cabra gratinado com purê de batata e gema de ovo, Gnocchi recheados com carne de ossobuco ao molho de limão siciliano, Risotto al funghi porcini fresco e açafrão e Costeletas de cordeiro em crosta de pão e ervas), saboreamos um Château D'Yquem 1989.

domingo, 29 de maio de 2011

A diferença de um vinho evoluído

A reunião de maio da Confraria da Granja teve como tema os tintos da África do Sul, país que produz ótimos blends ao estilo bordalês, além de varietais, como Syrahs e Cabernets, muito bons.

Foram cinco belos vinhos: Fleur du Cap Unfiltered Cabernet Sauvignin 2008 (Stellenbosch), Rupert & Rothschild Classique 2007 (Western Cape), Morgenhof Premiere Selection 2001 (Stellenbosch), Veenwouden Classic 2002 (Paarl) e Mont du Toit 2003 (Paarl).

Excelentes o Rupert & Rothschild Classique 2007 e o Veenwouden Classic 2002, mas o maior destaque foi o Morgenhof Premiere Selection 2001, corte bordalês (da mesma forma que os outros dois) com Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec que estava pronto, rodondo, elegância, com aquela classe que só o tempo em garrafa confere aos grandes vinhos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vega Sicilia, Valbuena, Pingus, Pintia, Aldeasoña, Espactable, Numanthia...

A reunião da Confraria dos Amigos da Rolha de abril degustou grandes tintos espanhóis, superando todas as expectativas, tanto pelo qualidade do que provamos quanto pela impecável comida servida, fruto da arte de bem receber de um dos confrades.
Antes de provar as 12 garrafas espanholas, bebemos champagne Cristal, sempre excelente. Mas o show começou ao iniciarmos - às cegas - a degustação dos tintos. Estavam lá:

- Vega Sicilia Valbuena No. 5 (um da safra 1999 e dois 2004. Em torno de U$ 389 Mistral a safra 2004)
- Vega Sicilia Único (safras 1996, 1998 e 1999. U$ 879 na Mistral a safra 1999)
- Pingus 1999 (o vinho espanhol mais caro que existe. R$ 3.700,00 Grand Cru a safra 2008)
- Pintia 2004 (produzido na região do Toro pela Vega Sicilia. R$ 230,00 Mistral)
- Terreus 2003 (vinho top da Bodegas Mauro. R$ 591,00 na Vinci)
- Numanthia 2004 (R$ 521,00 Peninsula)
- Espectable 2004 (Montsant. Acho que não tem importador aqui)
- Aldeasoña 2004 (produzido com uvas pré-filoxera. R$ 450,00 na Cultvinho)

Impossível algum dos vinhos acima não agradar, mas ficou claro a diferença de estilos entre dois grupos. Enquando os Vega Sicilia são extremamente elegantes e gastronômicos, outros, como o Terreus e o Numanthia são mais potentes, intensos. E um fato curioso: não havia nenhum Rioja na mesa, o que foi uma pena.
Por incrível que pareça, o último colocado da prova foi o caríssimo Pingus 1999, que mereceu 98 pontos do Robert Parker. O melhor, por pontos, foi o Numanthia 2004 (100 pontos/RP), seguido de perto pelo Aldeasoña (94 pontos/RP) e pelo Espectable (99 pontos/RP). A ausência dos Vega Sicilia entre os primeiros colocados prova, mais uma vez, que vinhos elegantes e austetros não vão bem em degustações como esta. É um fato.

Para terminar a noite, saboreamos um Château d'Yquem 1996. Que noite!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Paella com branco da Rioja

O feriado de sexta-feira foi dia de paella marinera em casa, e para acompanhar, nada melhor que um branco espanhol. O Luis Alegre Blanco Selección de Robles Europeos 2007 escoltou muito bem a profusão de sabores da paella, com seus frutos do mar (camarão, lula, mexilhão) integrados ao sabor marcante do arroz tipo bomba com pimentão e acafrão.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na noite dos argentinos um francês fez sucesso

A reunião de abril da Confraria aqui da Granja Viana avaliou vinhos argentinos, quase todos varietais da popular Malbec, mas o prêmio de campeão da noite foi um francês infiltrado sorrateiramente no painel, o Château de Haute-Serre Malbec 2006, produzido na região de Cahors (Mistral, por volta de R$ 95,00). Um tinto moderno, mas bem diferente da grande maioria dos Malbecs argentinos, a começar pela graduação alcoólica (13% contra 14,5%, 15% e até 16% dos argentinos que provamos). É um tinto pontente, longo, intenso, longevo, muito elegante.
Entre os argentinos, destaque para o Perdriel del Centenário 2005 da Norton (corte de CS, Merlot e Malbec que apresenta ótima qualidade em todas as safras. Importado atualmente pela Winebrands, + ou - R$ 100,00) e para o Ricominciare Altisimo Malbec 2007 (Expand, R$ 95,00), muito elegante também. Além deles, também degustamos o tinto da região de Salta Colomé Malbec 2008 (Decanter, por volta de R$ 90,00) e o Lariviere Yturbe Partida Limitada Malbec 2007 (sem importador no Brasil).

Na noite, acompahando um espetacular Ribeye preparado na brasa, também degustamos a safra 1989 do mesmo Château de Haute-Serre, mas este estava quase morto pela ação do tempo.

domingo, 17 de abril de 2011

Esporão Private Selection 2008

Domingo era o dia internacional da Malbec, mas preferi tomar um vinho com a uva emblemática da Argentina no sábado (16), para acompanhar um hamburger de angus (by Intermerzzo Gourmet) preparado na grelha e finalizado com queijo Serra da Estrela. O escolhido foi o sempre bom Pulenta Estate Malbec 2007, importado pela GrandCru.

Já para o domingo, acompanhando o bacalhau da foto aí de cima, preferi o Esporão Private Seleccion 2008, sem dúvida alguma um dos melhores, senão o melhor, brancos de Portugal. Untuoso, intenso e extremamente elegante, o Private Seleccion fez par perfeito com o bacalhau ao forno, com cebolas, tomates cereja, alhos assados, azeitonas pretas e ovos. Bela abertura para as delícias do feriado que vem por aí.

domingo, 27 de março de 2011

De Toren Fusion V 2002

Abri um belo tinto da África do Sul no último sábado, para acompanhar um churrasco com amigos em casa. O De Toren Fusion V é um blend das cinco famosas castas de Bordeaux: Cabernet Sauvigon, Merlot, Malbec, Cabernet Franc e Petit Verdot.
Tomei a safra 2002, que estava excelente, mais do que pronta para o consumo, com notas de café e especiarias, ótimo corpo, final longo. Acompanhou muito bem um ribeye preparado na brasa.
Infelizmente não é mais possível achar o De Toren Fusion V no Brasil, já que a Expand não importa mais os vinhos desse produtor da região de Stellenbosh. As garrafas que tinha em casa foram compradas há vários anos, justamente em uma queima de estoque da importadora.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Portugueses

Portugal foi o tema da degustação de março da Confraria da Granja Viana, realizada dia 16 passado.
Para acompanhar um bom bacalhau, degustamos 5 tintos (embora eu prefira acompanhar bacalhau com brancos barricados). Estavam lá o Reguenfos Garrafeira dos Sócios 2005 (Alentejo), o Quinta do Vale D. Maria 2006 (Douro), o Casa de Casal de Loivos 2006 (Douro), o Dom Rafael 2008 (Alentejo) e o Quinta do Vallado Reserva 2005 (Douro).
O Vale D. Maria venceu por unanimidade (seguido pelo Casal de Loivos, do mesmo produtor). Um grande vinho moldado por Cristiano Van Zeller, um dos melhores enólogos de Portugal. Já tomei diversas safras do D. Maria e todas, sem exceção, estavam excelentes. Sorte que ainda tenho alguma boas garradas desse vinho em casa.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Seña 2001

Um churrasco na casa de amigos, no último domingo, foi a ocasião perfeita para abrir o Seña 2001 que repousava em minha adega há vários anos. Sempre gostei muito do Seña e lembro até hoje a ocasião em que bebi pela primeira vez esse grande vinho chileno do Valle de Aconcagua, produzido por Eduardo Chadwick, em um evento da Expand. Na ocasião degustei a safra 1999, que estava maravilhoso, redondo.
O 2001 que abrimos no domingo - corte de Cabernet Sauvignon com Merlot, Carmenére e Cabernet Franc - estava igualmente excelente, com notas de menta e especiarias, longo, encorpado, intenso e com tâninos marcantes, mostrando ainda um longo tempo de vida pela frente. O Seña 2001 acompanhou muito bem uma vertical de Bife de Chorizo que fizemos, com cortes em três níveis de qualidade - do muito bom ao excepcional.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Shàrjs

O vinho aí de cima, além de ter um belo rótulo, é muito bom. Trata-se do Shàrjs IGT 2007, um branco do Friuli (Itália) produzido por Livio Felluga a partir da internacional Chardonnay e da autóctone Ribolla Gialla. Sem passagem por carvalho, o Shàrjs mostra uma excelente estrutura e acidez perfeita. Tomei o vinho acompanhando um confit de bacalhau (cozido em azeite extra virgem no fogo bem baixo por 1 hora). Para acompanhar, arroz com brócolis e amêndoas laminadas tostadas. Perfeito!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Roubando a cena

Após quase seis meses sem uma degustação, a Confraria dos Amigos da Rolha se reuniu na última segunda (21/2) para avaliar grandes vinhos brancos da Borgonha, como Meursault, Chablis, Pouilly-Fuissé, Corton Charlesmagne etc. A festa, entretanto, foi de três brancos intrusos, colocados na degustação por vários motivos.
Um deles foi o excepcional californiano Aubert Chardonnay 2001, escolhido o melhor da noite. Intenso, longo, inteiro aos 10 anos, um grande vinho. A safra 2008 está no Top 100 da Wine Spectator, publicado agora em janeiro, com 95 pontos.
O segundo melhor da noite também foi um intruso, mas dessa vez (para acalmar os franceses) da região do Rhône: o Ermitage Le Pavillon 1992 de Chapoutier. Um vinho impressionante, pela exuberância e pela longevidade.
Também entre os melhores o Where Dreams Chardonnay 2006, feito na região italiana do Friuli pelo produtor top Jermann.
Embora todos os vinhos degustados fossem excelentes, os intrusos roubaram a cena, mesmo com a presença no painel do Corton Charlemagne Grand Cru 2001 do Domaine Faiveley, um vinho que mereceu 100 pontos de Parker.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Show com italianos

A foto abaixo, tirada pelo confrade Ronaldo Ricioli, mostra os belos vinhos toscanos que degustamos na última quinta-feira (10/2) na confraria que temos na Granja Viana.
Frente à grande diversidade da região, até que conseguimos um painel bem interessante, embora tenha faltado um Brunello di Montalcino entre eles. Degustamos o Tenuta Belguardo IGT 2004, o Rosso di Montalcino Castello Banfi 2004, o Collezione di Marchi Syrah IGT 1999 Isole & Olena, o Morrelino di Scansano 2007 Castello di Montepo Biondi Santi e o Guidalberto IGT 2004.

Difícil dizer o melhor da noite, mas fiquei entre o Tenuta Belguardo, o Syrah de Collezione di Marchi e o Morellino di Scanzano. Três vinhos incríveis, cada um com características distintas, mas todos com o estilo que faz da Itália um berço de vinhos extremamente gastronômicos.

sábado, 29 de janeiro de 2011

I Latina Syrah 2008

Participei na semana passada de uma interessante degustação na loja Vino & Sapore da Granja Viana, avaliando diversos vinhos produzidos com a Syrah em várias partes do mundo. A qualidade média foi muito boa, com o exemplar francês (Crozes-Hermitage 2007 de Vidal Fleury) destoando dos demais, pelo estilo mais elegante e também por certa falta de estrutura. Era o único exemplar do Velho Mundo.

Entre os outros provados, destaques para o Kanrarilla Road 2Up 2006 (McLaren Valley, Austrália), para o Raka Biography 2005 (África do Sul) e para o I Latina Syrah 2008, um belo chileno produzido na região de Cachapoal.
O I Latina é um vinho de autor, com cerca de apenas 10 mil garrafas produzidas anualmente. O exemplar degustado era intenso, longo, encorpado, com ótima acidez, taninos ainda marcantes e final muito longo. Um vinho de guarda, sem dúvida (R$ 135,00 na Vino & Sapare).

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Feriado entre pescados e brancos

Passei o feriado prolongado tomando excelentes brancos e comendo peixes e frutos do mar. O calor que vem fazendo recomenda!
No sábado preparei uma Pescada Austral (que vem da Argentina) ao forno, com batatas e tomates confitados (muito bom!!!). Para acompanhar, arroz com brócolis e amêndoas tostadas, e, o espanhol bom e barato Ostatu Blanco 2007, feito com a uva Viura. É um vinho que vale cada centavo que custa (R$ 46,00 na Cultvinho, http://www.cultvinho.com/).

Já no domingo a coisa ficou mais séria. Preparamos dois pratos à base de bacalhou, um deles perfeito para o clima: uma salada com batatas cozinhas, bacalhau desfiado, azeitonas verdes, grão de bico, cebola frita, coentro e muito azeite. Para acompanhar, o espetácular Sol de Sol Chardonnay 2006, um dos melhores brancos do Novo Mundo. Intenso, untuoso, longo, o Sol de Sol é produzido na região de Traiguén, no Chile. Caro, bem caro, mas maravilhoso (R$ 155,00 na Zahil, http://www.zahil.com.br/).

Segunda tive que trabalhar. Assim, o complemento do feriado enogastronômico ficou para terça, com um menu do mar: bolinhos de bacalhau e camarão a doré. Para acompahar, um vinho que adoro e que é perfeito para frutos do mar, o português vinho verde Alvarinho. Dessa vez escolhi o Alvarinho Muros Antigos 2009, um dos melhores produzidos na região do Minho, que fica ao lado do famoso Douro, de onde saem portos e tintos que encantam (Importado pela Decanter, www.decanter.com.br . Adquirido na Vino & Sopare da Granja Viana por aproximadamente R$ 90,00, vinoesapore.wordpress.com).

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chile: Coquinaria


Outro lugar em Santiago que merece destaque é o Coquinaria, um misto de mercado, padaria e restaurante que reúne artigos gourmet - de azeites e temperos, passando por vinhos, pães, carnes, queijos, frios, geléias e chocolates - importados e chilenos, além de servir aperitivos e pratos muito bons, como tábuas de queijos e de frios, lanches, risotos etc.

A casa, inaugurada há pouco tempo, faz muito sucesso na cidade e foi eleita pelo jornal El Mercurio como o melhor mercado gourmet de Santiago.

Ótimo lugar para um brunch ou almoço rápido e para achar produtos de alta qualidade, como os Chocolates La Fête, azeites orgânicos ou diamantes de sal da França.

Coquinaria
Isadora de Goeynechea, 3000 - Subsolo 1, Las Condes
http://www.coquinaria.cl/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Chile: Aquí está Coco



Estive em Santiago do Chile de novo, desta vez na primeira semana de janeiro, e, entre os lugares que visitei, dois valem a pena comentar: um novo e um já bem conhecido.

O já bem conhecido é o restaurante Aquí está Coco, tradicional casa de Santiago que foi destruída por um incêndio em 2008 e reabriu no ano passado. Não sei bem porque, mas eu nunca tinha ido no restaurante das outras vezes que estive em Santiago, até que li um artigo do Washington Olivetto na revista Gosto e fiquei com vontade de conhecer. É sensacional.

Além da bela arquitrura e da decoração de muito bom gosto do local, o Aquí está Coco tem comida excelente, sem dúvida alguma uma das melhores do Chile. E uma carta de vinhos de primeira.
Eu e minha família experimentamos várias coisas lá, como o carpaccio de polvo com creme de azeitonas negras, Chevice Chilota (com camarão, polvo, vieiras, corvina, mexilhões...), Gambas (camarões) del Atlantico, Cojinova Trey (peixe de águas profundas de carne firme e muito saborosa), Congrio Mai-Mai (com salsa e batatas) e Reineta com Mariscos Salteados (camarões, vieiras e mexilhão preparados em azeite e vinho branco). Para acompanhar tudo isso, um dos brancos chilenos que mais gosto, o Amayna Sauvigon Blanc.

O imperdível Aqui esta Coco fica região de Providencia, na Calle La Concepción, 236.
http://www.aquiestacoco.cl/