sábado, 19 de dezembro de 2009
Albariño uruguaio
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Desafio EUA x Austrália
- Director's Cut Coppola Cabernet Sauvignon 2006 - Alexander Valley/Califórnia - EUA
- Archery Summit Dundee Hills Pinot Noir 2006 - Orgeon - EUA
- The Dead Arm D'arenberg 2005 - MacLaren Valley - Austrália
- Christian Moueix Dominus 2000 - Napa Valley - EUA
- Joseph Drouhin Pinot Noir 2006 - Oregon - EUA
- John Duval Entaty Shiraz 2008 - Barrosa Valley - Austrália
- Bacio Divino Vagabond Cabernet/Syrah 2005 - Napa Valley - EUA
Embora todos fossem excelentes vinhos, o John Duval Entity e o Bacio Divino Vagabond foram os scolhidos de todos os presentes, tanto durante a degustação quanto durante o jantar, quando saboreamos carnes australianas que o Varanda está trazendo ao Brasil, como top sirloin, ribeye etc.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Bacalhau e vinho
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Chile: entre restaurantes e vinhos em Santiago
Começamos na sexta à noite pelo Europeo (calle Alonso de Cordova, 2417, Vitacura – http://www.europeo.com.cl/), comandado pelo chef Carlos Meyer Anwandter, que apresenta uma comida moderna, leve e com raízes chilenas. A casa está listada entre as três melhores de Santiago pelo jornal El Mercúrio. De fato é excelente. Como entrada, eu e minha mulher dividimos um prato que combinava salmão em vários estilos (defumado, tartar, carpaccio etc.), mais lâminas de cerdo defumado e salada de rúcula. De principal, fui de medalhão de congrio com risoto de manjericão, pata de centolla e espuma de queijo parmesão. Janaina escolheu lombo de merluza (que lá é muito boa) em crosta de trufas negras, pesto de azeitonas verdes e fetuccini de tinta de lula. Os pratos estavam espetaculares, idem a sobremesa, sinfonia de chocolate.
E para acompanhar, tomamos um branco simples, o Escudo Rojo Chardonnay 2008, que estava muito bom também.
No sábado almoçamos no La Mar (av. Nueva Costanera, 3922, Vitacura – www.lamarcebicheria.com), a cebicheria peruana que faz sucesso em todo lugar que abre, inclusive em São Paulo. Visitei as duas, aqui e em Santiago, e afirmo: a de lá é melhor, embora a daqui também seja muito boa. Além da maior variedade de pescados das águas gélidas do pacífico, o La Mar de Santiago tem uma seleção de mais de 40 vinhos em taça, em sua maioria brancos. Começamos com lulas à dore, seguida por alguns cebiches, de merluza, lulas, polvo etc. Para acompanhar, Terrunyo Sauvignon Blanc 2008.
O jantar estava reservado no Puerto Fuy (av. Nueva Costanera, 3969 – http://www.puertofuy.cl/), casa onde já tínhamos ido em 2008 e que adoramos. Desta vez, estava ainda melhor, da comida ao excelente serviço. Para mim o Puerto Fuy é o melhor restaurante de Santiago. Vamos lá: de entrada pedimos polvo glaceado com molho de enguia, acompanhado de uma taça de Cono Sur Reserva Pinot Noir. Combinação perfeita. De principais fomos de cebiche misto estilo peruano (camarão, polvo, merluza, atum e truta) e ravióli de loco com tomate concasse e espuma de champagne, acompanhado de Amayna Sauvignon Blanc 2007.
No domingo almoçamos no Da Carla, trattoria chique de boa qualidade, e jantamos no Adra, restaurante do hotel Ritz Carlton (calle El Alcalde, 15, Las Condes), considerado hoje o melhor de Santiago. O Adra tem a vantagem de ficar ao lado do sensacional bar de vinhos do hotel, o Wine 365, que tem em sua carta 365 tipos de vinhos.
O restaurante é realmente é muito bom, mas não é o melhor, ainda mais que na mesa ao meu lado estava um enojeca, infelizmente brasileiro, que passou o jantar inteiro importunando a esforçada sommelière da casa, falando que determinado vinho estava oxidado e tecendo comentários esnobes sobre os vinhos que pedia, coisas como “este Almaviva 2006 é o menos pior entre os Almavivas”, “qual é a porcentagem de Carmenère nesta safra?”.
Tirando o enojeca ao meu lado, a casa merece uma visita, sem dúvida. De entrada pedimos o prato sabores del mar (salmão, camarão grelhado, camarão cru, centolla etc.), acompanhado de Amélia Chardonnay 2006. Pratos principais: camarão de rio salteado com feijões guizados e assado de tira com purê de topinambur (também conhecido por Alcachofra de Jerusalém e que tem a consistência de uma batata), este acompanhado de uma taça do Von Seibenthal Montelig 2004, corte de Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Carmenére. De sobremesa, trio de creme brulee.
Infelizmente, na segunda não deu para ir para local algum, pois meu vôo para São Paulo era bem no horário do almoço.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Leitão com tinto da Bairrada
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Dois Brancos para acompanhar peixes e frutos do mar
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Marcel Lapierre Morgon 2004
Comprei há pouco mais de dois anos duas garrafas de um belo Cru de Beaujolais, o Marcel Lapierre Morgon 2004, feito a partir da Gamay de forma natural. À época, abri o vinho para acompanhar uma Frango Caipira em crosta de sal. Belo casamento, aliás. O vinho estava excelente, elegante, leve, com frutas frescas na medida, redondo na boca.
No feriado prolongado passado abri outra garrafa do Marcel Lapierre Morgon 2004 que estava em minha adega, desta vez para acompanhar uma Galinha d'Angola ao forno. Ainda estava excelente, mas já demonstrava boa evolução ao nariz e na boca.
É um vinho que vale a pena conhecer. O exemplar da safra 2007 custa R$ 145,00 na Worldwine.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Degustação Memorável: magnum de Château d'Yquem 1994
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Degustação Memorável: o raro e caro Masseto IGT 2002
A primeira delas foi uma garrafa, oferecida pelo confrade João Camargo, do raro e caro Masseto IGT 2002, tinto 100% Merlot produzido pela Tenuta dell'Ornellaia. É um vinho especial, de exceção, com pequena produção, muito difícil de ser encontrado, comercializado somente através de alguns negociantes de Bordeaux e mesmo em leilões. Seu preço é alto, em torno de U$ 300 a U$ 500 no exterior.
Muitas vezes acho que alguns vinhos criam em torno de si uma imagem, uma aura que não se justifica ao serem bebidos. Mas confesso que fiquei impressionado com a qualidade do Masseto, um vinho realmente espetacular, sem arestas, redondo.
A segunda surpresa conto no próximo post.
* O sempre atento leitor Eugênio Oliveira corrigiu uma informação que tinha passado acima sobre a ausência do Masseto no Brasil. Na realidade o vinho está disponível aqui por meio da Grand Cru ao estratosférico preço de R$ 2.370,00, safra 2005.
Degustação memorável: Gaja Barbaresco 1989
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Rosemount GSM 2001
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Cartas de vinhos premiadas
Acredito que a avaliação da melhor carta de vinhos vai além da quantidade/variedade dos rótulos, englobando também questões como margem de lucro, oferta de rótulos com boa relação qualidade/preço e o serviço do vinho (sommelier, copos, temperatura...).
E justamente ao receber a noticia do Sylvio lembrei de uma situação recente no ótimo restaurante Due Couchi. Pedi uma taça do Montepulciano D'Abruzzo Farnese (R$ 19,00 a taça no restaurante e R$ 39,00 a garrafa na WorldWine) e o vinho estava quente. Chamei o sommelier, que com má vontade se propôs a trocar por outro, no caso, um rótulo inferior, o básico Santa Álvara Merlot (R$ 17,00 a taça no restaurante e R$ 22,75 a garrafa na Mistral). A troca foi feita e o vinho estava na temperatura certa.
Porém, ao receber a conta, foi cobrado o Farnese. Alertei o garçon e alguns minutos depois chegou o sommelier. Perguntei se o "erro" havia sido corrigido. Sua espetacular resposta foi: "Sim, eu tirei dois reias da conta, mas eu perdi uma taça do outro vinho". Isso mesmo, essa foi a resposta do sommelier do Due Couchi. Não me restou outra alternativa, senão dizer ao rapaz: "Se vocês convervassem os vinhos em temperatura correta, isso não aconteceria".
Pois é. Situações assim ainda acontecem em restaurantes deste nível. Lamentável.
1996
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Salton Virtude 2008, um belo branco brasileiro
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Val de Flores 2003
A primeira vez que tomei o Val de Flores foi em 2004, em uma degustação de malbecs tops conduzida por Saul Galvão na Expovinis. Era um exemplar da safra 2002, excepcional. Ficou à frente de outros grandes malbecs do País, como Felipe Rutini 2001, Fond de Cave Reserva 2002, Yacochuya 1999, Cadus 2000 e Catena Angélica Zapata 2000. Cor quase negra, nariz com muita fruta, chocolate e tabaco.. Na boca se mostrava completo, intenso, equilibrado e longo. Ainda estava muito jovem, mas já demonstrava toda sua categoria.
A safra 2002 do Val de Flores foi considerada pelos críticos melhor do que a 2003 (95 pontos contra 91 pontos, segundo Robert Parker), mas este também estava excelente. O 2003 ganhou muito com os anos de guarda, mostrando o potencial de envelhecimento dos grandes vinhos argentinos. A cor ainda estava bastante intensa, com notas negras, em um rubi profundo. Aroma com frutas maduras, muito intenso. Na boca estava pronto, sedoso, longo. E como o vinho era especial, nada melhor do que acompanhá-lo com algo especial, no caso, um Kobe Beef na brasa temperado com flor de sal. Casamento perfeito!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Argentina: decadência ampla, geral e irrestrita?
Mas não quero falar do livro, e, sim, da Argentina. É impressionante e triste a decadência do País em vários os níveis, com a honrosa exceção dos vinhos. Muita gente não vai concordar com o “triste” que coloquei aí em cima, em especial pelos saborosos apuros que eles vêm enfrentando com a seleção de futebol comandada por ninguém menos que Maradona. Mas não tem jeito, para mim é triste mesmo ver um País que já foi o que eles foram, chegar nisto, e, aqui, o futebol é apenas um reflexo do contexto geral.
Nem a carne deles, a melhor do mundo, vai resistir, dizem os especialistas. Outro dia o Sylvio Lazzarini, dono da churrascaria Varanda e uma das pessoas que mais entende de carne no Brasil, comentava que, embora o terroir da Argentina (mais especificamente da região de Buenos Aires) seja perfeito para a produção de gado de altíssima qualidade, o cenário vem mudando radicalmente por lá, fruto das besteiras promovidas pelo casal Kirchner e da rápida substituição da criação de gado pela cultura de grãos, mais rentável. Hoje, segundo Lazzarini, já é muito difícil encontrar carnes de alta qualidade por lá.
Economia em frangalhos, indústria sucateada, pobreza em alarmante crescimento, o campo em guerra contra o governo, queda na qualidade do símbolo nacional que é a carne... futebol seriamente ameaçado de ficar fora da Copa do Mundo. Que fase!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Chenerny Rouillon 2006 e El Albar Barricas 2002
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Domaine Drouhin Pinot Noir 1997 (Oregon, EUA)
Em contrapartida, não vejo muita graça em abrir vinhos muito jovens, em especial vinhos de alta gama. Um Don Melchor 2005, por exemplo. Claro que o vinho, se tiver qualidade, não estará ruim com dois, três ou quatro anos de garrafa, mas tenho convicção de que ele vai melhorar com mais alguns anos na adega.
Mas o contrário também ocorre. Meses atrás, em uma degustação de vinhos norte-americanos, peguei em minha adega um Pinot Noir top de linha produzido pelo borgonhês Joseph Drouhin no Oregon, o Cuveé Laurène, safra 1996. O vinho não estava estragado, mas tinha passado do seu auge, estava em franca decadência, morrendo.
Como tinha outras garrafas antigas do mesmo produtor e região em casa, no caso, um Joseph Drouhin Pinot Noir 1997 (o básico, que é um pouco mais barato do que o Cuveé Laurène), logo que surgiu uma oportunidade, abri uma delas, na expectativa negativa de que também tivessem passado do ponto. Surpresa: o vinho estava excelente, muito vivo, mas elegante, evoluído, longo. O tipo de vinho que gosto.
Parece uma coisa sem lógica um vinho mais simples evoluir melhor do que outro, em tese, melhor, e, de fato, mais caro, mas no mundo do vinho as variáveis são tantas, que isso acontece muito. Isto é uma das coisas fascinantes dos vinhos.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Portugal: Tasca da Esquina
Visitei o local em minha última noite em Lisboa e fiquei arrependido de ter não ter ido antes para poder voltar mais uma vez. Após o couvert com pão caseiro, azeitonas, queijo de ovelha e petisco do dia (paio e lombo), pedimos camarão salteado com malagueta e alecrim de entrada (6,50 euros), seguido de um dos menus-degustação da casa, chamado de Fique nas Mãos do Chef. Preferi o menu com cinco porções por 19,50 euros: Sopa fria de Melão com presunto cru, Lingueirão (também chamado Canivete, é um molusco estranho, no formato de um pequeno pedaço de bambu), Salada de búzios (um tipo de marisco), Cherne com migas de tomate e Bochechas de Vitela. Todos pratos totalmente incomuns, com sabores acentuados, mas também extremante frescos e bons.
Para acompanhar, tomei algumas taças de Alvariho Muros de Melgaço 2008, seguido de um tinto da casa, o Chef’s Collection Alentejo 2007.
Recomendo!
Rua Domingos Sequeira 41C Campo de Ourique . 1350-119 Lisboa
Fone: 210 993 939
www.tascadaesquina.com
Degustação: RC Reserve, Mitolo, Quinta do Crasto, Filósofos 4
Para o Foie Gras optamos pelo tradicional, um Sauternes, o Château Lamothe Guignard 1988. Estava muito bom, casamento perfeito. Já com os outros pratos, degustamos rótulos bem distintos, embora todos tintos intensos e encorpados: RC Reserve Niebaum-Coppola Syrah 2002 (Napa Valley, EUA), Mitolo Savitar Shiraz 2006 (McLaren Vale, Austrália), Quinta do Crasto Touriga Nacional 2006 (Douro, Portugal) e Filósofos 4 2003 (corte de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot de Mendoza, Argentina).
O vinho que melhor combinou com a comida foi o que menos gostei na degustacão prévia, o Quinta do Crasto Touriga Nacional. Achei o vinho frutado demais, com muita cara de Novo Mundo, mas foi justamente esta fruta exuberante que fez do vinho bom parceiro com os sabores fortes do pequi e da jabuticaba.
Longe da comida, elegi como melhor o Mitolo, em especial após certo tempo no copo, quando o vinho ganhou complexidade e se tornou mais elegante.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Portugal: Douro, Alentejo, Dão, Bairrada...
A resposta depende muito do estilo de tintos que cada um prefere: intensos, encorpados, quentes, austeros, elegantes, modernos, tradicionais...
Em geral, gosto bastante dos vinhos portugueses, mas acho que boa parte deles se modernizou demais, isto é, no sentido negativo da palavra, tornando-se muito intensos, extraídos, alcoólicos, pesados. Mais do que no Alentejo, os vinhos do Douro trazem estas características, e, embora os críticos de vinho afirmem e reafirmem as maravilhas dos chamados Douros modernos, tenho várias objeções ao estilo hoje me voga (embora também goste de diversos rótulos da região).
A questão é que o vinho só tem sentido, na grande maioria das vezes, acompanhando e melhorando a comida. Nada melhor do que um vinho que faz “boa figura” com um prato saboroso. Mas é aí que estes vinhos modernos, do novo mundo, e, cada vez mais, também do velho mundo, mostram problemas. São demasiadamente “over”, se tornam enjoativos, mesmo com pratos mais substanciosos.
Em minha recente viagem para Portugal tomei vinhos de varias regiões - Douro, Alentejo, Dão, Bairrada - e reforcei o que já achava antes: ainda prefiro os tintos do Dão, pois eles são mais austeros, menos efusivos, e quando envelhecidos, se tornam maravilhosos.
Porém, essa não e a opinião da maioria dos conhecedores, daqui ou de lá. Nas cartas dos restaurantes e nas prateleiras das lojas especializadas, os destaques se concentram no Douro e no Alentejo, o que vem causando problemas para as outras regiões vinícolas do País, que, mesmo apresentando ótima qualidade, não conseguem conquistar mercado.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O irmão francês do Due Couchi
O Le Marais é a incursão da dupla Paulo Barroso de Barros e Ida Maria Frank no universo da comida francesa, que, aliás, era a inspiracao do antigo Marias, restaurante que Ida tinha onde hoje é o Due Couchi e que era apenas regular. Lembro de uma degustacao que fizemos no local, uns seis anos atrás. A comida era regular, mas o serviço, deixava a desejar.
Voltando ao Le Marais, a casa segue o esquema do Due Couchi. Almoco executivo com bom custo/benefício (em se tratando de SP, onde tudo é muito caro) e jantar à la carte. Mas infelizmente o resultado não é o mesmo, comecando pelo couvert - uma enorme baguete sem gosto colocada em minúsculo prato, acompahanda por manteiga, pasta de azeitonas e caponata. Situação constrangedora, pois a baguete espalha migalhas por todo lado, fazendo uma grande sujeira. Ainda no couvert, pedi ao garcom azeite para acompamhar o pão e tive que repetir o pedido para ser atendido, situação recorrente várias vezes durante o almoço - ao pedir uma nova taca de vinho, um novo pão e até o cardapio da noite, por exemplo.
Fui em uma quinta, quando o executivo tinha salada verde com magret de canard defumado (excelente) e blanquete de namorado com batatas (bom).
O Le Marais ja é um sucesso de público, mas está um nível abaixo do Due Couchi. Não apenas pelo servico (embora o Due Couchi não seja nenhuma maravilha nisso), mas sim pela comida. Acho o Due mais solto, mais natural, enfim, muito melhor no que entrega ao cliente, a comida.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Portugal: Eleven (uma estrela no Michelin)
Eu havia completado 40 anos dias antes, além de 14 anos de casado. Para começar, acompanhando o couvert com pães variados (branco, de azeitonas, de tomate e de sementes), azeite e manteiga, eu e minha mulher pedimos duas taças de Moet & Chandon. Complementando o couvert, os chamados “presentes do chef”: bocatto de polvo, folhado de vitela, creme de aspargos e tartar de atum. Todos estavam ótimos e foram muito bem acompanhados pela champagne.
De entrada, dividimos um excelente Vitello Tonatto, tradicional prato italiano que combina fatias finas de carne de vitela com creme de atum. Ente os pratos principais, minha mulher escolheu Duo de leitão (barriga e carré) sobre purê de abóbora. Estava muito saboroso, embora a barriga de leitão ficasse melhor um pouco mais cozida. Eu pedi Pato trançado, um prato de combina coxa e magret de pato com bucatini. Excelente.
No Eleven tudo é caro, inclusive os vinhos, que contam com uma carta muito boa e com poucas opção de tintos e brancos em copo. E, mais uma vez, vinhos em copo na temperatura errada, no caso, tintos quentes.
O Eleven é, sem dúvida alguma, um lugar para se conhecer em Lisboa. Se vale o que custa, é outra história. Eu acho que não, mas recomendo.
http://www.elevenrestaurante.com/
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Ville du Vin
Eu já tinha visitado duas lojas da Ville du Vin algum tempo atrás e voltei recentemente na unidade-mãe, em Alphaville, para jantar com minha mulher. Além da enorme variedade de vinhos da grande maioria das importadoras e com preço idêntico, o bistrot é muito bom, com surpreendente qualidade na comida. Minha mulher comeu risoto de camarão e lagostin. Eu fui de risoto de canard. Ambos estavam muito bons. Para acompanhar, tomei o argentino Luca Laborde Double Select Syrah 2007 (a garrafa custa R$ 99,00), um vinho muito bom, embora ainda fechado e tânico.
Portugal: loja de vinhos em Lisboa
Comandado por dois socios, entre eles o simpático José Oliveira Azevedo (que adora o Brasil e todo ano vem para cá), a loja oferece tintos e brancos de todas regiões vinícolas portuguesas, além de produtos goumert, como azeites, molhos, biscoitos... Para quem comprar várias garrafas, uma boa dica é a caixa especial para transporte, que eles vendem por 10 euros e que pode ser despachada na bagagem do avião. Eu testei e aprovei, pois minhas 12 garrafas chegaram ao Brasil intactas.
domingo, 9 de agosto de 2009
In Vino Amici
A grande verdade é que, como diz um amigo meu que é dono de um ótimo restaurante, aqui em São Paulo basta uma pessoa fazer um curso de gastronomia para se considerar um chef. O cara manda bordar o nome no uniforme, anuncia sua “experiência internacional”, sua especialidade (geralmente cozinha moderninha). Aí abre um local, sai desfilando pelo salão, mas serve uma porcaria de comida. Há vários por aí.
Logo que cheguei no In Vino Amici fiquei com a pulga atrás da orelha quando perguntei ao garçom se tinha lugar dentro do estabelecimento (no terraço batia um sol quentíssimo) e ele secamente disse não, e mais nada. Mas tudo bem. Aguardei uma vaga lá dentro, e, quando consegui, escolhi “Filet Mignon cortado na faca com molho, arroz branco e batatas rústicas”. Para acompanhar o couvert (boa foccacia e manteiga), pedi uma taça de Terra Andina Sauvignon Blanc. Após alguns minutos onde o garçom e uma moça batiam cabeça para atender 10, 12 pessoas, veio o vinho (Estava gelando, percebi. Mas como? A casa não tem foco em vinho? Ele não fica previamente gelado?) e o couvert. Algum tempo depois, chegou o tal filet, que na realidade devia ser coxão-duro ou algo parecido (patinho?), jamais filet mignon. Logo que colocou o prato, a moça tirou meu couvert, que ainda estava pela metade. Bem. O tal filet cortado na faca era um estrogonoff meia-boca (porém sem tomate), muito duro, no ponto de pedra. Reclamei, do filet e do couvert. E ainda pedi uma taça de vinho tinto: Terra Andina Cabernet Sauvignon. A moça levou o prato na cozinha e voltou com uma "tranquilizadora" mensagem: “O chef pede desculpas. Ele vai colocar a carne para cozinhar um pouco mais para ficar mais macia”. Eu ouvi e imaginei o que vinha pela frente. Dez minutos depois, chega a taça de vinho tinto (nem imagino o motivo da demora) e a pequena panela com o “filet cortado na faca”, ainda duro, ainda horrível, mal feito, um horror. Eu teria vergonha de cobrar 25 reais por um prato de péssima qualidade como aquele e ainda colocar no cardápio que é filet mignon. Lamentável.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Portugal: vinhos em restaurantes e destaque para O Jacinto
Esta constatação vale também para Portugal. Em geral, o serviço de vinho nos restaurantes deixa muito a desejar: cartas confusas, inexistência de sommelier, temperatura errada (tintos quentes), pouca oferta de vinhos em taça etc. Claro que há exceções, como o Eleven e o Tasca da Esquina, por exemplo (comentarei sobre eles em breve).
Neste cenário, uma boa surpresa foi o restaurante O Jacinto, que aparece no ranking da revista portuguesa Wine – Essência do Vinho (à venda também no Brasil) como um dos melhors do País neste quesito. A casa oferece em taça todos, absolutamente todos, os rótulos de sua enorme carta, por 1/5 do preço da garrafa. Isso significa que você pode tomar – se tiver bolso para suportar - uma taça de Barca Velha, de Pêra Manca, de Xisto, de Cryseia, de Quinta do Vale do Meão etc.
Já ia me esquecendo da comida: Ovos mexidos com farinheira, queijo Serra da Estrela com pão,
Polvo à lagareira e Arroz de Coelho. Todo muito bom.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Portugal: D. Tonho e Porto Ferreira
Esperava muito mais do local, em especial pelos preços altos praticados. De entrada, eu e minha esposa, saboreamos um coelho à vinagrete, que estava muito bom. Meu prato principal foi Arroz de Pato, que não gostei (pesado pelo excesso de queijo colocado para gratinar, muito seco em seu interior). Já minha mulher comeu Bacalhau à Zé do Pipo, ótimo. A carta de vinhos é bem ampla e cara, com apenas uma opção em copo.
Após o almoço, visitamos a centenário cave da Ferreira, mas confesso que acho chato e cansativo estas visitas “para encantar turista”, sempre com a mesma conversinha, detalhes pitorescos etc. Vale a pena para conhecer a arquitetura histórica do local, e, claro, passar ao final na loja da casa para comprar vinhos por 1/3 do valor que encontramos aqui no Brasil.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Portugal: cervejarias em Lisboa
A primeira é uma rede, com várias unidades na cidade. Bem tradicional, inclusive no atendimento, sem a simpatia e a atenção que nós, brasileiros, gostamos e nos acostumamos nos grandes centros, como em São Paulo (Faço um parênteses aqui para comentar sobre a grande diferença no nível de serviço entre os restaurantes bons daqui e de lá. Isso vale para tudo: quantidade de garçons no salão - lá são poucos -, cortesia, disponibilização de sommelier, agilidade etc. Realmente estamos mal acostumados). No cardápio aparecem gambas, mariscos, polvo, bacalhau, pregos, filés, omeletes, queijos e presunto de porco preto. Tudo bem feito, com muito sabor. Para beber, uma boa cerveja local. Ótima qualidade. (http://www.portugalia.pt/)
Outra cervejaria famosa é a Ramiro (www.cervejariaramiro.pt), especializada em frutos do mar. Lugar também muito simples e pequeno, mas com atendimento mais simpático e bem ágil. Vale a pena pedir cada um dos itens do cardápio, como o presunto pata negra, a Gambá Tigre gigante (camarão), os logostins, a Sapateira (caranguejo gigante) etc. Embora tenha uma razoável carta de vinhos, vale à pena ficar na imperial (chopp) Sagres.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Portugal: Fialho em Évora
Encarei um dos pratos tradicionais do Alentejo, um bem feito Borrego (Cordeiro) Assado no Forno com Batatas, precedido de uma maravilhosa empada de galinha. Para acompanhar, meia garrafa de um tinto regional, não me lembro qual. De sobremesa, Queijadas de Évora (a nossa queinadinha, mas muito melhor, sem coco) e Encharcada de Mourão (o nosso Fios de Ovos, porém mais úmido).
Pena que minha estada lá foi rápida e não consegui experimentar outros pratos da ementa (cardápio), como Lombinhos de Javali, Perdiz à Convento da Cartuxa e Arroz de Pombo.
Portugal: Visitando a Quinta da Bacalhôa
Meu interesse em conhecer a propriedade foi motivado por uma degustação da qual participei em 2000, em um evento da Expand, com a presença do enólogo da casa. Na oportunidade, degustamos safras bem antigas do Quinta da Bacalhôa, o primeiro Cabernet Sauvignon produzido em Portugal. Todas estavam boas, inclusive a primeira safra, 1979. De lá para cá fui, pouco a pouco, formando uma vertical do rótulo em minha adega, de 2000 em diante (e também do Palácio da Bacalhôa). Embora o Quinta da Bacalhôa não seja um vinho festejado entre os tantos portugueses que fazem sucesso, eu gosto bastante. Acho que, embora seja produzido com a onipresente Cabernet Sauvignon, ele tem um estilo inconfundivelmente português.
O local é muito bonito, histórico e tem em seu interior uma ínfima parte da coleção de obras de arte Joe Berardo, que é considerado o maior colecionador de arte de Portugal. Foi uma visita protocolar, estilo turista mesmo. E no final comprei alguns rótulos das empresas do grupo. Saí de lá atrasado para almoçar em Évora, no Alentejo, distante cerca de 1 hora do Azeitão.
sábado, 11 de julho de 2009
Comparando safras do Palazzo Della Torre
Veuve Cliquot La Grande Dame 1989
Pena que não tenho outra garrafa para guardar mais um pouco.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Terranoble Lahuen 2006
Ponto para o Tiago, que acertou em cheio na indicação.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Queda
Sem entrar no mérito dos motivos e das simpatias e antipatias que sempre caracterizam este tipo de comentário, estamos presenciando nos últimos tempos uma debandada de produtores que permaneceram lá por muitos anos: Gaja, Biondi Santi, Allegrini, Batasiolo, Zuccardi, Dão Sul... Isso já se percebe nas lojas, onde, ao mesmo tempo em que desaparecem rótulos, surgem outros ainda desconhecidos aqui. Algumas deles procuram alternativas, como é o caso da loja do Shopping Iguatemi (apresentada à época de sua inauguração como um novo modelo para as unidades da rede etc.), que vem, já há algumas semanas, oferecendo rótulos da World Wine, como Finca Flichman, Vinã San Pedro, Odfjell, Feudi di San Gregorio, Maison Sichel, entre outros.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Um francês que parece espanhol
sábado, 6 de junho de 2009
Velho Mundo, velhos tempos
Dois italianos
A primeira foi o Zucco, que fica a Haddock Lobo e vem sendo muito comentado ultimamente.
Ambiente moderninho, com música ambiente, TVs LCD sintonizadas na Fashion TV, garçons jovens, decoração muito bonita. Não é o tipo de lugar que me atrai, mas vamos ao que interessa: a comida e a bebida.
O couvert deixou a desejar. Pães frios, ciabatta pesadão, grissini sem tempero e corniccione muito temperado. Ponto para a foccacia macia e saborosa e para a pasta de de atum, muito suave. Fui de menu executivo e entre as opções escolhi salada rústica com salmão marinado e Pescada com legumes. Ambos bons, bem feitos. Na sobrenesa, uma saborosa torta de queijo com calda de frutas vermelhas. A carta de vinhos é ampla, muito variada e com preços altos (raros rótulos por menos de R$ 80,00).
Resumo da ópera: boa comida, bom ambiente, para quem quer ver e ser visto. Não é o meu caso.
A outra visita não foi tão feliz. Após ler diversas notas sobre a boa relação qualidade/preço da casa, fui com minha mulher e meus filhos ao Carino's, que fica na rua Joaquim Floriano, Itaim. O ambiente é simples, parece uma lanchonete de bairro. Mas isso não é o problema. O atendimento é horroroso, combinando desleixo, antipatia e desatenção. A atentende, em vez de se concentrar nas DUAS mesas ocupadas na casa, ficou batendo-papo com outros funcionários no bar e pareceu se incomodar, quando chamada. A comida, que não é barata, seguiu na mesma linha. Pedi um Polpetone com Penne à Bolonhesa. Massa fora do ponto (papa), molho pesado, doce, ruim.
Saí de lá com a certeza de ter jogado fora R$ 180,00.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Boa idéia: loja de vinhos nacionais
Fui conferir a loja e indico para quem tem interesse em conhecer melhor alguns pequenos produtores locais. Comprei alguns rótulos para experimentar e em breve coloco aqui minha opinião.
A AOC Vinhos do Brasil fica na rua Atílio Innocenti, 970, Vila Olímpia, São Paulo. Fone: (11) 3044-1697. O site http://www.aocvinhosdobrasil.com.br/ ainda é básico, mas eles prometem novidades em breve.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Café por R$ 8,00
Na última sexta, eu, minha esposa e meu filho pequeno fomos no Canto, mas não queriamos jantar. Assim, optamos por não consumir o couvert e ficar apenas nas boas porções da casa, seguidas de uma sobremesa e dois cafés. Ok, tudo certo.
Quando recebi a conta, vi, espantado, o item "Café Rest." a R$ 8,00 cada um. Isso mesmo, R$ 8,00 por um cafe com petit fours.
Chamei o garçom e perguntei o que era aquilo. A resposta foi: "É o preço do café para quem não pede o couvert". Paguei, certo de ter consumido o café mais caro de minha vida. Lógico que não terei novamente esta experiência no Canto, pois não gosto que ninguém "bata a minha carteira" de forma tao acintosa.
É dificil conquistar um cliente, mas é muito fácil perdê-lo.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Wish Report OnLine: Noites de acertos
O ponto
Recentemente citei aqui o restaurante Franciacorta, onde um medalhão foi servido fora do ponto pedido. Nessa semana passei por experiência parecida no Limonn, restaurante que fica na Manoel Guedes, Itaim. Novamente pedi um medalhão (prato do dia) ao ponto, mas um dos dois da porção veio bem passado. Reclamei e o maitre retirou o pedaço reprovado e solititou outro. Dez minutos depois chegou o novo medalhão a mesa, dessa vez mal passado.
Fiquei me perguntando: Será que esse pessoal tem algum problema com o coitado do medalhão? Será que e tao difícil fazer um medalhão ao ponto?
Acho que sim, ao menos pelas últimas experiências.
Ah, já ia esquecendo. O Limon é um local legal. Muito bonito e agradável. Vá, mas não peça o medalhão!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Bacalhau: tinto ou branco?
Como estava frio, optei por um tinto servido em taça na casa, o Argiolas Connonou di Sardegna Costera 2005. Um bom vinho, que foi muito bem com a entrada, um prato de bresaola servido com folhas de rúcula.
Quando chegou o penne decidi fazer uma mini-prova de harmização e pedi uma taça do Catena Chardonnay 2006. Foi um exercício interessante, já que a cada garfada no penne com bacalhau experimentava um vinho.
Os dois se sairam bem, embora particularmente eu tenha preferido o Chardonnay. A madeira (em excesso) do Catena Chardonnay não casa com um peixe mais delicado, mas ficou perfeita com a estrutura e o sabor marcante do Bacalhau.
Embora eu esteja em uma fase mais "vinho branco" (talvez por conta dos hábitos alimentares, já que como peixe praticamente todos os dias), realmente acho que o Bacalhau, em geral, pede mais um branco encorpado - como Chardonnays e espanhoís barricados, por exemplo - do que um tinto.
Fui e não gostei
Ambiente bonito, charmoso, mas atendimento variando entre o antipático e o desatento. A comida é nota 5. Pedi medalhoes de filet mignon com risoto de açafrão (isso é comida francesa????), frizando para o garcom que os queria ao ponto. Pois bem: um filet veio mal passado e o outro bem passado.
Não pretendo voltar. Prefiro a casa clássica do chef, o La Vecchia Cucina, onde a chance de erro e muito, mas muito menor.
Registro histórico
Muita gente deve ter se perguntado: Mas como a Folha conseguiu isso?
Eu expico: Estavamos no Varanda na segunda a noite para uma degustacao de tintos sul-americanos com cortes de cordeiro. Entre os presentes estavam alguns jornalistas, como meu amigo Guilherme Barros, editor do Mercado Aberto da Folha de S. Paulo.
Pois não é que Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan chagaram ao local para jantar?
Foi inevitavel que alguns dos presentes abordassem os executivos e o Guilherme Barros teve a grande sacada de chamar um fotografo para registrar o momento historico.