terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Espanhóis de classe

Fizemos a segunda reunião da confraria aqui da Granja Viana poucos dias antes do Natal, desta vez avaliando tintos espanhóis das regiões de Rioja e Ribeira Del Duero.
Embora majoritariamente produzidos com a Tempranillo - que em território espanhol recebe outros nomes, dependendo da região -, os vinhos Espanhóis apresentam uma diversidade interessante. Um tinto da Rioja é totalmente diferente que um tinto de Ribeira, que é diferente do Priorato..... São terrenos, climas e estilos distintos que marcam cada região, cada produtor.

Acho que o s Riojas tradicionais, produziros pelas grandes empresas, são, em geral, muito caros pelo que oferecem. Não é o caso dos Riojas "de família", com pequena produção. O mesmo vale para os Riojas ditos modernos. Já os Ribeiro Del Deuro são mais intensos, potentes, amplos, alguns exageradamente.

Em nossa degustação o vencedor da noite foi o único Ribeira Del Duero presente, o Fuentespina Reserva Especial 2003, um belo vinho produzido por Avelino Veras que até pouco tempo atrás era distribuído no Brasil pela Expand. Hoje já não tenho certeza.

Além dele estiveram presentes o sempre excelente Beronia Gran Reserva 2001, o 904 Gran Reserva 1997 de La Rioja Alta, o Marquês de Riscal 2004 Reserva e o Viña Alberti Crianza 2003 (também de La Rioja Alta).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Bacalhau, novamente.

Gosto muito de bacalhau, mas acho muito difícil comer um prato de bacalhau realmente gostoso nos restaurantes em geral. Na maioria dos casos a receita é carregada com molhos espessos e pesados (molho branco, catupiry, molho de tomate etc.) ou então tem sal demais (consequência do processo mal feito de dessalga). Algumas vezes ocorre as duas coisas. Outro problema: a preparação do bacalhau é muitas vezes errada, pois o peixe fica muito tempo no forno, tornando-o ressecado.

Gosto de bacalhau bem dessalgado (no mínimo três dias na geladeira com trocas de água a cada 6 horas, em média) e feito na panela, enriquecido por temperos e ingredientes variados. Se faltar sal, basta corrigir no preparo. Sal sempre é melhor faltar do que sobrar, certo?

Já escrevi aqui do bacalhau que faço na panela Wok, refogado com brócolis, baby cenoura, cebola, tomate cereja, ovo de codorna e azeitona. Fica sensacional. Ainda mais se você finaliza com pimenta vermelha, um pouco de salsinha, coentro e hortelã.

No último fim de semana minha mulher fez uma receita parecida, na verdade um refogado para rechear uma torta de bacalhau para a ceia de Natal. Ficou tão bom que decidimos pegar parte dele e comer no almoço de domingo acompanhado de arroz branco e polvo grelhado (polvo que o pessoal do Zé Felix/Chez Maria gentilmente me deu). Estava delicioso.

Melhor ainda acompanhado de um Amélia Chardonnay 2007 da Concha y Toro, um dos melhores exemplares dessa uva proveniente do Chile. E aqui entra outra questão: bacalhau, para mim, tem que ser com vinho branco. Alguns tintos até vão bem com este peixe, mas um branco com estágio em madeira é a melhor combinação, seja ele um chardonnay (do Novo ou do Velho Mundo), um português (vinho verde não!) ou um belo espanhol.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Espanhol bom e barato

Tomei hoje (sábado, 18/12) um espanhol bom a barato (R$ 49,00) que a Cultvinho está trazendo ao Brasil. É o Viñas de Olivara 2009 , um tinto da região de Toro feito com a versão local da Tempranillo, já chamda de Tinta do Toro.

É um vinho leve, fácil, gostoso, que vai bem com carnes vermelhas em geral e também com pratos mais leves. No meu caso, arrisquei este rótulo como acompanhamento para uma Vitela à milanesa com risoto de limão Tahiti, - em vez das harmonizações mais tradicionais (pinot noir leve, gamay ou um rosado) - e me dei bem.