terça-feira, 23 de junho de 2009

Queda

É visível os problemas enfrentados pela Expand. Infelizmente, pois ela teve papel fundamental na formação do mercado brasileiro de vinhos e em sua disseminação.

Sem entrar no mérito dos motivos e das simpatias e antipatias que sempre caracterizam este tipo de comentário, estamos presenciando nos últimos tempos uma debandada de produtores que permaneceram lá por muitos anos: Gaja, Biondi Santi, Allegrini, Batasiolo, Zuccardi, Dão Sul... Isso já se percebe nas lojas, onde, ao mesmo tempo em que desaparecem rótulos, surgem outros ainda desconhecidos aqui. Algumas deles procuram alternativas, como é o caso da loja do Shopping Iguatemi (apresentada à época de sua inauguração como um novo modelo para as unidades da rede etc.), que vem, já há algumas semanas, oferecendo rótulos da World Wine, como Finca Flichman, Vinã San Pedro, Odfjell, Feudi di San Gregorio, Maison Sichel, entre outros.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um francês que parece espanhol


Tomei, algumas semanas atrás, o Côtes Du Jura Cuvée Tradicion 1996 Baud Père & Fils, vinho que comprei o vinho em 2007, após um saboroso texto do cantor e enófilo Ed Motta no blog que ele tinha no portal de Veja. Na época, quem trazia os rótulos do produtor era a importadora Club du Taste Vin (que não tem mais aqui em SP), mas agora acho que é a boa Le Tire-Bouchon quem traz (http://www.letirebouchon.com.br/).

É um vinho muito diferente, um francês que parece um Jerez, mas adorei e rocomendo. Produzido por meio de um sistema parecido com o soleira, a partir da casta Savarin e de pouco coisa de Chardonnay, é extremamente seco, com visual dourado, aromas de amêndoas, castanhas. Untuoso. Um vinho de meditação, para quem já passou da fase dos vinhos fáceis do Novo Mundo.

sábado, 6 de junho de 2009

Velho Mundo, velhos tempos


Quando mais bebo vinhos do Novo Mundo, mas prefiro os do Velho Mundo. E não estou falando apenas dos grandes bordeaux e borgonha, dos barolos e barbarescos, rioja e ribeira del duero, entre outros. Estou falando de vinhos menus famosos e badalados.

Semana passada abri um bordeuax genérico em casa, o Chateau Cordet 2001, de Margaux. Comprei algumas garrafas dele no freeshop há alguns anos. Não foi barato (U$ 49), mas valeu cada gota. Estava excelente, muito elegante, redondo, um autêntico Bordeuax dos velhos tempos, quando os produdores locais ainda não moldavam suas vinhos para agradar Robert Parker e companhia.

Dois italianos

Visitei recentemente duas casas de comida italiana abertas há pouco tempo em São Paulo.

A primeira foi o Zucco, que fica a Haddock Lobo e vem sendo muito comentado ultimamente.
Ambiente moderninho, com música ambiente, TVs LCD sintonizadas na Fashion TV, garçons jovens, decoração muito bonita. Não é o tipo de lugar que me atrai, mas vamos ao que interessa: a comida e a bebida.
O couvert deixou a desejar. Pães frios, ciabatta pesadão, grissini sem tempero e corniccione muito temperado. Ponto para a foccacia macia e saborosa e para a pasta de de atum, muito suave. Fui de menu executivo e entre as opções escolhi salada rústica com salmão marinado e Pescada com legumes. Ambos bons, bem feitos. Na sobrenesa, uma saborosa torta de queijo com calda de frutas vermelhas. A carta de vinhos é ampla, muito variada e com preços altos (raros rótulos por menos de R$ 80,00).
Resumo da ópera: boa comida, bom ambiente, para quem quer ver e ser visto. Não é o meu caso.

A outra visita não foi tão feliz. Após ler diversas notas sobre a boa relação qualidade/preço da casa, fui com minha mulher e meus filhos ao Carino's, que fica na rua Joaquim Floriano, Itaim. O ambiente é simples, parece uma lanchonete de bairro. Mas isso não é o problema. O atendimento é horroroso, combinando desleixo, antipatia e desatenção. A atentende, em vez de se concentrar nas DUAS mesas ocupadas na casa, ficou batendo-papo com outros funcionários no bar e pareceu se incomodar, quando chamada. A comida, que não é barata, seguiu na mesma linha. Pedi um Polpetone com Penne à Bolonhesa. Massa fora do ponto (papa), molho pesado, doce, ruim.
Saí de lá com a certeza de ter jogado fora R$ 180,00.