sábado, 19 de dezembro de 2009

Albariño uruguaio

Adoro vinhos feitos com a Alvarinho portuguesa. São gostosos, agradáveis, leves, alegres, os chamados vinhos ideiais para a piscina, para o verão, acompanhando frutos do mar, como lula à dorê, camarão frito, manjuba etc. Também gosto muito de sua irmã espanhola, a Albariño, embora estes sejam bem diferentes. Em geral mais complexos e untuosos, vão bem com furtos do mar com sabores mais intensos.
Nunca tinha experimentado um Albariño não espanhol e sequer imaginava que existia algum até uns meses atrás, quando estava na loja da importadora Decanter e o atendente me recomendou um Albariño Bouza, do Uruguai. Comprei pela curiosidade.

Pois bem. Tomei o Albariño "hecho en Uruguay" neste fim de semana, acompanhado de vários pratros do mar: Lulas à dorê, Lagosta na manteiga e risoto de camarão (pedido de minha filha, que adora risoto e ama camarão). O vinho me surpreendeu. Excelente, com notas de mel, flores e maçã ao nariz, intenso e untuoso em boca. Longo, gostoso. Recomendo, apesar do preço salgado, R$ 85,00.

Um brinde ao Uruguai, que a cada dia que passa produz vinhos mais interessantes.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Desafio EUA x Austrália

Realizada na terça-feira da semana passada, dia 8/12, a mais recente reunião da Confraria dos Amigos da Rolha teve como tema um desafio EUA x Austrália, dois países que produzem grandes e espetaculares vinhos, alugns deles míticos, como o Grange e o Caymus, entre outros.

Entre as maravilhas desgustadas estavam:

- Director's Cut Coppola Cabernet Sauvignon 2006 - Alexander Valley/Califórnia - EUA

- Archery Summit Dundee Hills Pinot Noir 2006 - Orgeon - EUA

- The Dead Arm D'arenberg 2005 - MacLaren Valley - Austrália

- Christian Moueix Dominus 2000 - Napa Valley - EUA

- Joseph Drouhin Pinot Noir 2006 - Oregon - EUA

- John Duval Entaty Shiraz 2008 - Barrosa Valley - Austrália

- Bacio Divino Vagabond Cabernet/Syrah 2005 - Napa Valley - EUA

Embora todos fossem excelentes vinhos, o John Duval Entity e o Bacio Divino Vagabond foram os scolhidos de todos os presentes, tanto durante a degustação quanto durante o jantar, quando saboreamos carnes australianas que o Varanda está trazendo ao Brasil, como top sirloin, ribeye etc.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bacalhau e vinho

Retomo um tema que já foi tratado aqui mais de uma vez: a compatibilização de bacalhau com vinho. Como adoro bacalhau e adoro vinho, o tema sempre me agrada.

Particularmente, prefiro com brancos barricados, mas não me privo de saborear um prato de bacalhau com alguns tintos também. Recentemente tive a oportunidade, mais uma vez, de degustar as duas opções, em um restaurante e em casa. Ficarei restrito à minha experiência caseira.

Preparei uma versão (gosto mudar as receitas) do Bacalhau à Gomes de Sá. Em vez do forno, usei o fogo, mais precisamente uma panela wok. Fritei em azeite um pouco de bacon picado , depois bastante cebola e um pouco de alho triturado. Coloquei o bacalhau em lascas (previamente e completamente dessalgado e limpo, depois colocado em alguns minutos em água fervente), azeitonas pretas, pimenta vermelha picada, ovos cozidos, salsinha picada, batatas em cubos (previamente cozinhas e al dente), azeite, azeite e mais azeite. Sal e pimente do reino. Após misturar tudo com cuidado, deixei em fogo baixo em 15/20 minutos. No fim, adicionei alhos assados (um purê espetácular). Estava pronto.
Para acompanhar, escolhi, com base minha preferência pessoal, um branco com passagem em barris de carvalho, o espanhol Luis Alegre Blanco Selección de Robles Europeos 2007. Belo branco, com seis meses de carvalho. Dourado claro com aromas de frutas secas. Elegante, intenso e refrescante. Um grande vinho, sem dúvida, que certamente envelhecerá muito bem.

Estava decidido a permanecer somente no excelente branco quando lembrei que havia aberto, um dia antes, o chileno Odfjell Orzada Cabernet Franc 2005, que comprei recentemente em Santiago por recomendação de um vendedor da loja El Mundo di Vino. Um bom vinho, redondo, bem resolvido, com tanicos macios, que também se saiu bem com o bacalhau.

Resultado: continuo preferindo os brancos para acompanhar bacalhau, mas um tinto pode cair bem também, como o exemplo recente demonstrou.