quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vega Sicilia, Valbuena, Pingus, Pintia, Aldeasoña, Espactable, Numanthia...

A reunião da Confraria dos Amigos da Rolha de abril degustou grandes tintos espanhóis, superando todas as expectativas, tanto pelo qualidade do que provamos quanto pela impecável comida servida, fruto da arte de bem receber de um dos confrades.
Antes de provar as 12 garrafas espanholas, bebemos champagne Cristal, sempre excelente. Mas o show começou ao iniciarmos - às cegas - a degustação dos tintos. Estavam lá:

- Vega Sicilia Valbuena No. 5 (um da safra 1999 e dois 2004. Em torno de U$ 389 Mistral a safra 2004)
- Vega Sicilia Único (safras 1996, 1998 e 1999. U$ 879 na Mistral a safra 1999)
- Pingus 1999 (o vinho espanhol mais caro que existe. R$ 3.700,00 Grand Cru a safra 2008)
- Pintia 2004 (produzido na região do Toro pela Vega Sicilia. R$ 230,00 Mistral)
- Terreus 2003 (vinho top da Bodegas Mauro. R$ 591,00 na Vinci)
- Numanthia 2004 (R$ 521,00 Peninsula)
- Espectable 2004 (Montsant. Acho que não tem importador aqui)
- Aldeasoña 2004 (produzido com uvas pré-filoxera. R$ 450,00 na Cultvinho)

Impossível algum dos vinhos acima não agradar, mas ficou claro a diferença de estilos entre dois grupos. Enquando os Vega Sicilia são extremamente elegantes e gastronômicos, outros, como o Terreus e o Numanthia são mais potentes, intensos. E um fato curioso: não havia nenhum Rioja na mesa, o que foi uma pena.
Por incrível que pareça, o último colocado da prova foi o caríssimo Pingus 1999, que mereceu 98 pontos do Robert Parker. O melhor, por pontos, foi o Numanthia 2004 (100 pontos/RP), seguido de perto pelo Aldeasoña (94 pontos/RP) e pelo Espectable (99 pontos/RP). A ausência dos Vega Sicilia entre os primeiros colocados prova, mais uma vez, que vinhos elegantes e austetros não vão bem em degustações como esta. É um fato.

Para terminar a noite, saboreamos um Château d'Yquem 1996. Que noite!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Paella com branco da Rioja

O feriado de sexta-feira foi dia de paella marinera em casa, e para acompanhar, nada melhor que um branco espanhol. O Luis Alegre Blanco Selección de Robles Europeos 2007 escoltou muito bem a profusão de sabores da paella, com seus frutos do mar (camarão, lula, mexilhão) integrados ao sabor marcante do arroz tipo bomba com pimentão e acafrão.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na noite dos argentinos um francês fez sucesso

A reunião de abril da Confraria aqui da Granja Viana avaliou vinhos argentinos, quase todos varietais da popular Malbec, mas o prêmio de campeão da noite foi um francês infiltrado sorrateiramente no painel, o Château de Haute-Serre Malbec 2006, produzido na região de Cahors (Mistral, por volta de R$ 95,00). Um tinto moderno, mas bem diferente da grande maioria dos Malbecs argentinos, a começar pela graduação alcoólica (13% contra 14,5%, 15% e até 16% dos argentinos que provamos). É um tinto pontente, longo, intenso, longevo, muito elegante.
Entre os argentinos, destaque para o Perdriel del Centenário 2005 da Norton (corte de CS, Merlot e Malbec que apresenta ótima qualidade em todas as safras. Importado atualmente pela Winebrands, + ou - R$ 100,00) e para o Ricominciare Altisimo Malbec 2007 (Expand, R$ 95,00), muito elegante também. Além deles, também degustamos o tinto da região de Salta Colomé Malbec 2008 (Decanter, por volta de R$ 90,00) e o Lariviere Yturbe Partida Limitada Malbec 2007 (sem importador no Brasil).

Na noite, acompahando um espetacular Ribeye preparado na brasa, também degustamos a safra 1989 do mesmo Château de Haute-Serre, mas este estava quase morto pela ação do tempo.

domingo, 17 de abril de 2011

Esporão Private Selection 2008

Domingo era o dia internacional da Malbec, mas preferi tomar um vinho com a uva emblemática da Argentina no sábado (16), para acompanhar um hamburger de angus (by Intermerzzo Gourmet) preparado na grelha e finalizado com queijo Serra da Estrela. O escolhido foi o sempre bom Pulenta Estate Malbec 2007, importado pela GrandCru.

Já para o domingo, acompanhando o bacalhau da foto aí de cima, preferi o Esporão Private Seleccion 2008, sem dúvida alguma um dos melhores, senão o melhor, brancos de Portugal. Untuoso, intenso e extremamente elegante, o Private Seleccion fez par perfeito com o bacalhau ao forno, com cebolas, tomates cereja, alhos assados, azeitonas pretas e ovos. Bela abertura para as delícias do feriado que vem por aí.