Acho que já comentei aqui que tenho especial predileção por vinhos envelhecidos, evoluídos. Acho fantástico abrir uma garrafa com 10, 15, 20 anos. Além de elegância, da finesse, dos aromas e sabores diferenciados que um bom vinho consegue com o tempo, gosto de pensar na ação do tempo sobre produtor, seu enólogo, sua região, seu País de origem... Há 10 anos, o que eu estava fazendo? O que acontecei no Brasil, no mundo?
Em contrapartida, não vejo muita graça em abrir vinhos muito jovens, em especial vinhos de alta gama. Um Don Melchor 2005, por exemplo. Claro que o vinho, se tiver qualidade, não estará ruim com dois, três ou quatro anos de garrafa, mas tenho convicção de que ele vai melhorar com mais alguns anos na adega.
Mas o contrário também ocorre. Meses atrás, em uma degustação de vinhos norte-americanos, peguei em minha adega um Pinot Noir top de linha produzido pelo borgonhês Joseph Drouhin no Oregon, o Cuveé Laurène, safra 1996. O vinho não estava estragado, mas tinha passado do seu auge, estava em franca decadência, morrendo.
Como tinha outras garrafas antigas do mesmo produtor e região em casa, no caso, um Joseph Drouhin Pinot Noir 1997 (o básico, que é um pouco mais barato do que o Cuveé Laurène), logo que surgiu uma oportunidade, abri uma delas, na expectativa negativa de que também tivessem passado do ponto. Surpresa: o vinho estava excelente, muito vivo, mas elegante, evoluído, longo. O tipo de vinho que gosto.
Parece uma coisa sem lógica um vinho mais simples evoluir melhor do que outro, em tese, melhor, e, de fato, mais caro, mas no mundo do vinho as variáveis são tantas, que isso acontece muito. Isto é uma das coisas fascinantes dos vinhos.
Em contrapartida, não vejo muita graça em abrir vinhos muito jovens, em especial vinhos de alta gama. Um Don Melchor 2005, por exemplo. Claro que o vinho, se tiver qualidade, não estará ruim com dois, três ou quatro anos de garrafa, mas tenho convicção de que ele vai melhorar com mais alguns anos na adega.
Mas o contrário também ocorre. Meses atrás, em uma degustação de vinhos norte-americanos, peguei em minha adega um Pinot Noir top de linha produzido pelo borgonhês Joseph Drouhin no Oregon, o Cuveé Laurène, safra 1996. O vinho não estava estragado, mas tinha passado do seu auge, estava em franca decadência, morrendo.
Como tinha outras garrafas antigas do mesmo produtor e região em casa, no caso, um Joseph Drouhin Pinot Noir 1997 (o básico, que é um pouco mais barato do que o Cuveé Laurène), logo que surgiu uma oportunidade, abri uma delas, na expectativa negativa de que também tivessem passado do ponto. Surpresa: o vinho estava excelente, muito vivo, mas elegante, evoluído, longo. O tipo de vinho que gosto.
Parece uma coisa sem lógica um vinho mais simples evoluir melhor do que outro, em tese, melhor, e, de fato, mais caro, mas no mundo do vinho as variáveis são tantas, que isso acontece muito. Isto é uma das coisas fascinantes dos vinhos.
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