terça-feira, 18 de agosto de 2009

Portugal: Douro, Alentejo, Dão, Bairrada...

Qual região portuguesa produz os melhores vinhos?
A resposta depende muito do estilo de tintos que cada um prefere: intensos, encorpados, quentes, austeros, elegantes, modernos, tradicionais...

Em geral, gosto bastante dos vinhos portugueses, mas acho que boa parte deles se modernizou demais, isto é, no sentido negativo da palavra, tornando-se muito intensos, extraídos, alcoólicos, pesados. Mais do que no Alentejo, os vinhos do Douro trazem estas características, e, embora os críticos de vinho afirmem e reafirmem as maravilhas dos chamados Douros modernos, tenho várias objeções ao estilo hoje me voga (embora também goste de diversos rótulos da região).

A questão é que o vinho só tem sentido, na grande maioria das vezes, acompanhando e melhorando a comida. Nada melhor do que um vinho que faz “boa figura” com um prato saboroso. Mas é aí que estes vinhos modernos, do novo mundo, e, cada vez mais, também do velho mundo, mostram problemas. São demasiadamente “over”, se tornam enjoativos, mesmo com pratos mais substanciosos.

Em minha recente viagem para Portugal tomei vinhos de varias regiões - Douro, Alentejo, Dão, Bairrada - e reforcei o que já achava antes: ainda prefiro os tintos do Dão, pois eles são mais austeros, menos efusivos, e quando envelhecidos, se tornam maravilhosos.
Porém, essa não e a opinião da maioria dos conhecedores, daqui ou de lá. Nas cartas dos restaurantes e nas prateleiras das lojas especializadas, os destaques se concentram no Douro e no Alentejo, o que vem causando problemas para as outras regiões vinícolas do País, que, mesmo apresentando ótima qualidade, não conseguem conquistar mercado.

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