quarta-feira, 24 de março de 2010

Bordeuax com cordeiro chileno


A Confraria dos Amigos da Rolha de reuniu na segunda-feira passada (22/03) para uma degustação de Bordeaux harmonizada com espetaculares cortes de cordeiro originário da patagônia chilena, preparados sob orientação de Sylvio Lazzarini, do restaurante churrascaria Varanda.

Foram dez rótulos distintos, de safras, margens e micro-regiões variadas, mostrando um bom panorama dos belos e fomosos franceses. Foram eles:

- Château Angelus 2001 Saint Emilion

- Lynch-Bages Cru Classe 1998 Pauillac

- Les Fifs de Lagrange Saint Julien 2000 (segundo vinho do Château Lagrange)

- Château Leoville Las Cases 1998 Saint Julien

- Château Troplong-Mondot 2006 Saint Emilion

- Domaine de Chevalier 2003 Pessac Léognan

- Alter Ego 2000 Margaux (segundo vinho do Château Palmer)

- Château Pichon Longueville Contesse de Lalande 2001 Pauillac

- Château Gloria 2004 Saint Julien

- Pichon-Longueville 2001 Pauillac

Nenhum dos vinhos se destacou muito mais do que os outros, até pela grande qualidade apresentada, mas no final o Les Fifs de Lagrange acabou sendo escolhio o melhor, provavelmente por sua safra (2000).

segunda-feira, 15 de março de 2010

Château La Tour de By 1999

Vinho é diversidade. De procedência, tipos, estilos, uvas, métodos de produção etc. Por isso não concordo com quem afirma gostar somente de um ou outro tipo/estilo/origem, e, quando questionado por atendentes de lojas especializadas sobre qual o vinho que gosto, respondo: "de todos os bons vinhos".

Claro que tenho preferências. Em geral, gosto mais dos vinhos do velho mundo - em especial franceses e italianos - do que os do novo mndo. Mas também aprecio e tenho em minha adega muitos outros, como americanos, chilenos, argentinos, australianos, sulafricanos, neozelandeses e uruguaios, além dos portugueses, espanhóis, alemães, hungáros...

Toquei nesse tema como subterfúgio para comentar sobre o vinho que tomei domingo passado em casa, o belo bordeaux Château La Tour de By 1999, um encantador Cru Bourgeois Supérieur de Médoc.

O vinho - que acompanhou uma galinha d'angola com risotto de ervas frescas - estava excelente e mantinha, aos quase 11 anos de idade, taninos que permitem afirmar que ainda suportaria mais alguns anos na adega. Estava evoluído tanto ao nariz quando na boca, mas tinha uma elegância que frequentemente só encontramos nos vinhos franceses. Tudo isso por pouco mais de R$ 120,00 (na Decanter). Não é pouco, mas será que eu encontro em um vinho argentino argentino ou australiano desta faixa de preço a mesma qualidade e finesse?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Almaviva 2000

Fiquei alarmado há uns 15 dias por conta de uma mancha escura no rótulo do Don Melchor 1999 que repousa em minha adega. Logo percebi que a mancha provinha de um vazamento do Almaviva 2000 adegado logo acima, que, sem a cápsula protetora, teve sua rolha ressecada e vazou, ficando visivelmente abaixo da linha normal de volume das garrafas de vinho.

Como medida de urgência tratei de lacrar o gargalho do Almaviva com parafina derretida, mas já programei a abertura da garrafa, uma vez que a mesma sofrera contata com o ar e poderia se perder rapidamente.

Foi o que fiz no último domingo, acompanhando carré de cordeiro grelhado com ervas e risottto ao azeite tartufado. Casamento perfeito!

Em que pese o cordeiro e o risotto estivessem sensacionais, o Almaviva 2000 estava soberbo. Evoluído na vista, com nuances de vermelho queimado e marrom. Aromas com o indefectível pimentão do cabernet chileno e notas de mel, hortelã, menta e alcatrão. Na boca ainda mantinha taninos, com ótima estrutura e acidez. Quente, gostoso e longo. Um clássico, que aproveitei até a última gota.