terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cartas de vinhos premiadas


Meu amigo Sylvio Lazzarini, do Varanda e do Magistrale, me ligou ontem a noite exalando alegria. Depois do mais do que merecido prêmio de melhor carne de SP pela Veja SP, o Varanda rebeceu ontem o prêmio de melhor carta de vinhos do Brasil pelo Guia 4Rodas, que faz uma análise muita bem fundamenta para escolher os vencedores. Em segundo ficou um restaurante curitibano, seguido pela Locanda Della Mimosa (Petrópolis) e pelo grupo Rubaiyat, que ficou em quarto.
Acredito que a avaliação da melhor carta de vinhos vai além da quantidade/variedade dos rótulos, englobando também questões como margem de lucro, oferta de rótulos com boa relação qualidade/preço e o serviço do vinho (sommelier, copos, temperatura...).
E justamente ao receber a noticia do Sylvio lembrei de uma situação recente no ótimo restaurante Due Couchi. Pedi uma taça do Montepulciano D'Abruzzo Farnese (R$ 19,00 a taça no restaurante e R$ 39,00 a garrafa na WorldWine) e o vinho estava quente. Chamei o sommelier, que com má vontade se propôs a trocar por outro, no caso, um rótulo inferior, o básico Santa Álvara Merlot (R$ 17,00 a taça no restaurante e R$ 22,75 a garrafa na Mistral). A troca foi feita e o vinho estava na temperatura certa.
Porém, ao receber a conta, foi cobrado o Farnese. Alertei o garçon e alguns minutos depois chegou o sommelier. Perguntei se o "erro" havia sido corrigido. Sua espetacular resposta foi: "Sim, eu tirei dois reias da conta, mas eu perdi uma taça do outro vinho". Isso mesmo, essa foi a resposta do sommelier do Due Couchi. Não me restou outra alternativa, senão dizer ao rapaz: "Se vocês convervassem os vinhos em temperatura correta, isso não aconteceria".
Pois é. Situações assim ainda acontecem em restaurantes deste nível. Lamentável.

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